A chegada do 5G ao país vem causando grande expectativa. A previsão é que, a partir de 31 de julho de 2022, as capitais dos estados comecem a operar com a nova tecnologia — e a cobertura para todo o Brasil deve ser feita até 2029.
A ansiedade pelo 5G é plenamente justificável. Espera-se que a nova geração de internet móvel ofereça alta capacidade de banda, ou seja, baixa latência (tempo de resposta), conexões mas estáveis e conectividade massiva, que é a possibilidade de conectar muitos devices ao mesmo tempo (cerca de um milhão por quilômetro, ou seja, uma quantidade dez vezes maior que o 4G).
Um novo patamar na segurança eletrônica
Esse novo patamar nas comunicações terá, naturalmente, impacto direto no setor de segurança eletrônica — em especial quanto ao videomonitoramento. Para todos os efeitos, pode-se dizer que o aspecto principal nesse sentido é a latência baixíssima — que, entre outras características, impulsionará sobremaneira a capacidade de resposta em câmeras de vigilância.
Em outras palavras, isso significa que o monitoramento poderá ser realizado em tempo real também pelas redes celulares (vale ressaltar que, hoje, a resposta rápida não é factível devido a alguns aspectos das redes atuais). As imagens, por sua vez, serão de altíssima resolução —4k a 8k — e será possível, ainda, realizar uploads ou downloads dos vídeos para a nuvem em questão de segundos — ou menos.
A esse respeito é oportuno destacar, ainda, que com tamanho aumento de velocidade, assim como o desempenho e a capacidade que as redes 5G proporcionam — além das funcionalidades de análise de vídeo por meio de IA (Inteligência Artificial) —, a visualização em tempo real (e com qualidade) de vídeos em dispositivos mobile também será amplamente beneficiada.
Eficiência, cobertura de áreas mais amplas e Smart Cities
Outro aspecto extremamente relevante é o desenvolvimento de uma rede IoT (Internet of Things, ou Internet das Coisas) por meio de tecnologias que utilizam IA, com diversos recursos e funcionalidades, graças à possibilidade de conexão simultânea com múltiplos devices que o 5G proporciona. Essa característica, aliás, reflete diretamente no desenvolvimento de Smart Cities (cidades inteligentes) através de câmeras de vigilância inteligentes.
Videomonitoramento cada vez mais inteligente
A utilização de câmeras inteligentes possibilitará a identificação de rostos, veículos, placas, comportamentos suspeitos ou mesmo movimentos hostis, bem como gerenciar o tráfego, detectar incêndios e intrusões, por exemplo. E as soluções de análise de vídeo, por sua vez, se tornarão cada vez mais avançadas à medida em que adquirirem mais dados — ou seja, por meio de Deep Learning (aprendizado profundo).
O desafio da privacidade
Mesmo diante desse cenário, porém, existem, ainda, algumas questões que devem ser levadas em conta, tendo em vista a quantidade de dispositivos IoT conectados, assim como o volume de dados — e a privacidade talvez seja o fator mais crítico nesse sentido. A perspectiva, no entanto, é que a nova rede contará com ferramentas de segurança mais robustas.
Mais: sob tal contexto vale destacar, ainda, que um dos recursos mais importantes da análise de vídeo permite “mascarar” pessoas em tempo real. É possível, assim, transformar pessoas e objetos em transparências num plano de fundo — ou seja, os movimentos e as atividades podem ser rastreados, mas os indivíduos não podem ser identificados.
Conclusão
Não há exagero ao afirmar que o futuro é promissor — mesmo que ainda haja uma considerável jornada até a implementação da nova rede no país. O fato, portanto, é que o 5G certamente desempenhará, assim como a análise de vídeo, um papel fundamental para a segurança eletrônica, em especial quanto às câmeras de vigilância — e trará inúmeras possibilidades de inovação ao mercado.
As equipes de inovação da Teltex já estão alinhadas às novas funcionalidades que serão introduzidas com o 5G, por meio da participação de estudos internacionais e fóruns em fabricantes mundiais.