A tecnologia para as rodovias inteligentes

A tecnologia para as rodovias inteligentes

A tecnologia da informação evoluiu de uma forma sem precedentes na última década e a pandemia fincou o pé no acelerador, fazendo com que o cenário de inovação e evolução de negócios, antes projetados para alguns anos ou décadas, entrassem em cena em poucos meses. No ambiente da mobilidade não é diferente — e as rodovias inteligentes, ou smart roads, saíram do plano conceitual para a implementação e operacionalização.

Uma ideia geral sobre as rodovias inteligentes (smart roads)

Uma rodovia inteligente é dotada de conectividade e dispositivos de Internet das Coisas (IoT), tornando-a mais segura e confortável para motoristas — e mais eficiente e econômica para a concessionária ou o governo.

Há muita tecnologia envolvida. Mais do que isso, são inúmeras soluções. Combinando tecnologias como sensores, câmeras, energia fotovoltaica, Inteligência Artificial, analytics, big data, wi-fi (agora 5G) e outros, as smart roads entregam melhor comunicação, segurança para condutores, segurança pública, eficiência energética, previsibilidade, gestão de incidente e controle econômico-financeiro.

Alguns exemplos das capacidades que uma rodovia inteligente pode entregar:

  • Informações sobre tráfego e clima para prever necessidades e antecipar decisões operacionais;
  • Automação de alertas para condições perigosas, acidentes registrados ou volume de tráfego;
  • Otimização de semáforos;
  • Melhor planejamento operacional etc.

Sensores, câmeras e dispositivos de IoT permitem coletar e analisar informações em tempo real, acumulando dados históricos e oferecendo subsídios para decisões críticas, da gestão do fluxo de tráfego às estratégias para reduzir emissão de CO2.

Algumas tecnologias das rodovias inteligentes

Energia Solar

O sistema de energia fotovoltaica pode ser instalado nas bases operacionais ou ao longo das rodovias em telhados fotovoltaicos, postes solares e até mesmo substituindo trechos de asfalto por painéis de captação. A substituição do asfalto pelo vidro (que, aliás, é renovável e pode ser mais forte do que o aço) dos painéis de captação já está acontecendo em trechos de inúmeras estradas. Essa ideia ganha cada vez mais espaço, mas a escalabilidade e o preço são um desafio por enquanto. Assim, ainda conviveremos mais com painéis em telhados e postes solares, sistema que capta a luz solar para transformá-la em energia elétrica, armazenando-a em baterias durante o dia para que seja possível utilizá-la no período noturno.

Conectividade

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O 5G vai acelerar a conectividade nas estradas, que já é uma exigência dos organismos regulatórios. Além de oferecer banda larga aos veículos, o volume de informações coletados na operação rodoviária crescerá muito. Essa será a chave da boa gestão de uma concessão rodoviária, por exemplo — e auxiliará a manter o equilíbrio econômico-financeiro.

Iluminação interativa

O retrofit da iluminação com a tecnologia de LED já é mandatório para produzir mais eficácia e mais economia. O próximo passo será dotar a estrada de sensores de movimento para que a iluminação seja ativada na aproximação de veículos e reduzida ou apagada na ausência de veículos.

Esses sistemas, ressalte-se, já estão mais sofisticados. Com o uso de Inteligência Artificial já é possível, inclusive, programar automaticamente a iluminação para que esteja ativa nos horários de pico registrados por softwares. Ou que permaneça ativa em incidentes detectados como, por exemplo, um veículo parado no acostamento.

Faixa de carregamento de veículos elétricos

Países como a Noruega e o Japão já projetam o fim da produção de carros movidos a combustível fóssil — e, no primeiro caso, o prazo é até 2025. No Brasil, entretanto, ainda há grandes desafios. Nossa frota atual é pequena, com cerca de 77 mil veículos, mas quase metade desses carros foram emplacados em 2021 — o que já sugere uma grande aceleração na adoção dessa tecnologia.

E quanto ao carregamento do carro por indução — e enquanto está em movimento? A resposta é: futuro. A tecnologia já existe, mas economicamente é inviável para os dias de hoje. Ainda vamos esperar alguns anos para vê-la funcionando, de fato, nas estradas.

Informação meteorológica rodoviária

Redes de sensores integrados à Inteligência Artificial podem detectar condições climáticas que afetam a segurança rodoviária. Os conhecidos Sistemas de Informação Meteorológica Rodoviária (RWIS) são limitados porque coletam apenas dados de um pequeno conjunto de estações meteorológicas. O sensoriamento das estradas, contudo, cria uma rede maior e mais completa, informando até mesmo a temperatura da pista e presença de gelo — entre outras condições.

Monitoramento de tráfego

Sensores, câmeras e softwares de gestão com Inteligência Artificial passam, assim, a auxiliar viajantes e equipes de operação. O monitoramento inteligente alerta sobre engarrafamentos, cargas perigosas, veículos irregulares e acidentes. Sensores de IoT podem monitorar a pista e alertar para desgastes e anormalidades como óleo ou água na pista, por exemplo.

Estas são algumas das iniciativas e abordagens. Há, porém, muito mais a se pensar — e, oportunamente, comentaremos tais aspectos neste nosso espaço.

O roadmap da rodovia inteligente

Vale para qualquer tipo de negócio: a transformação digital é um processo de busca sistemática e constante por maior competitividade, maior controle, mais eficácia e economicidade — além de retorno sobre os investimentos. É preciso, assim pensar no todo — mas investir e implementar de forma incremental.

No caso do desenvolvimento de infraestrutura — neste caso, de rodovias inteligentes — as intervenções e investimentos podem ser complexos e de alto custo, o que corrobora a visão de dividir a implementação do conceito e das tecnologias de smart roads em fases.

É preciso analisar o cenário da rodovia, onde há ganhos potenciais para o conforto e a segurança do usuário — além da rentabilidade da concessão. Pensar, por exemplo, no time to value, ou seja, as inovações que trarão mais resultados no menor prazo possível.

A evolução é irrefreável. Estradas precisarão de eficiência energética, de maior capacidade de colaboração com entes públicos como Defesa Civil e Polícia Rodoviária. Estradas inteligentes alimentarão carros elétricos e coletarão dados importantes de smart cars. Também serão o próprio meio para gerenciar melhor o tráfego e a mobilidade.

Por onde começar? Que tal falando com nosso núcleo de engenharia?

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