Atualmente boa parte dos sistemas de CFTV existentes, utiliza câmeras analógicas e sistema de gravação digital. As câmeras de segurança analógicas tradicionalmente utilizam como meio de transmissão cabos coaxiais de 75 ohms, nos quais é transmitido um sinal de vídeo composto de 1Vpp, modulado em AM-VSB na sua banda base, neste 0,7V refere-se ao sinal de luminância e 0,3 é referente aos pulsos de sincronismo horizontal e vertical. Além disso sobre este sinal é transmitida uma portadora de cor modulada na frequência de 3,57MHz. As sincronizações, modulações e frequências são definidas através da norma do NTSC, que estabelece o sistema norte-americano de difusão de televisão analógica, estabelecido em 1953.
Apesar de amplamente funcional e de apresentar um nível de qualidade aceitável para grande parte das transmissões de vídeo, o sistema de transmissão analógico possui algumas limitações características que limitam as capacidades de resolução, qualidade, privacidade e segurança. Dessa forma, em sistemas de CFTV analógico o sinal de vídeo trafega no modo unidirecional da câmera para o sistema de gravação sem qualquer tipo de proteção do sinal, ou seja, o sinal trafega de forma aberta e não existe nenhuma forma de verificação da consistência do sinal na chegada, confirmação do recebimento para a câmera, correção do sinal recebido ou mesmo uma proteção contra acesso indevido. Tendo-se acesso ao cabeamento é possível injetar um sinal de vídeo falso ou adulterado, sem que o equipamento de gravação tenha uma forma segura e garantida de detectar a mudança no sinal original.
Além disso, os sistemas de CFTV com base analógica apresentam os seguintes aspectos:
- Limitações de resolução e qualidade de imagem;
- Limitações no comprimento e passagem do cabeamento;
- Necessidade de cabeamento e infraestrutura dedicada ao sistema de CFTV;
- Cabeamento dedicado ponto a ponto de cada câmera até o sistema de gerenciamento e gravação;
- Necessidade de cabeamentos adicionais para sinais de áudio, acionamento de dispositivos, alarmes, movimentação PTZ;
- Necessidade de cabeamento independente e específico para alimentação elétrica das câmeras;
- Infraestrutura e cabeamento dedicados e de alto custo para prover sistemas de maior qualidade e complexidade;
- Limitações de topologia de cabeamento e infraestrutura, reduzindo as possibilidades de integração e crescimento dos sistemas;
- Custo global superior a longo prazo;
- Impossibilidade de compartilhamento de cabeamento com outras tecnologias e sistemas;
- Novas câmeras requerem a implantação de nova infraestrutura e passagem de cabeamento;
- Maior custo de manutenção devido aos constantes problemas de cabeamento, conectores, fontes e demais componentes sujeitos a falha.
Fonte: Guia do CFTV